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Já em casa, disse que não queria ir. Ao chegar, entrámos, dissemos bom dia, coloquei a mochila no cabide, pedi um beijo, dei-lhe outro e disse-lhe até logo. Foi a despedida mais rápida até hoje. Ficou. Eu entrei no carro de lágrima no canto do olho... fiquei com a sensação de que ele ia chorar.

Não me enganei. Quando o fui buscar, disseram que chorou um bocadinho, mas depois ficou bem e esteve sempre bem.

Nunca pensei que fosse tão difícil. Pelo menos para mim estar a ser. Sim, sou uma mãe chorona e o nó na garganta teima em não desatar. Por vezes, penso se estou a fazer o correto. No fundo, sei que sim, que vai fazer-lhe bem. Mas por vezes só me apetece mantê-lo debaixo da asa.

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Mais uma vez: foi horrível.

Saiu bem de casa, com vontade de ir para o infantário. Chegou e começou a fazer beicinho... desatou a chorar, não queria ficar, queria que eu ficasse ali a ver... eu não me aguentei, chorei também. Eu sei que é pior, mas não aguentei mesmo. Eu disse-lhe que ia levar o pai ao trabalho e que já voltava. Ele aceitou e acalmou-se. Eu fui embora. Recuso-me a virar costas com ele a chorar.

Cheguei ao carro e chorei ainda mais. Só me apetecia ir buscá-lo. O meu coração pesava 50 kg e estava do tamanho de uma ervilha.

Meia hora depois, ligou-me a educadora: ele estava bem, a comer melancia todo satisfeito. Alívio. Nova avalanche de torneira aberta.

Quando o fui buscar, estavam a ver um filme. Olhou para a porta e correu para mim. Estava feliz. O meu menino estava feliz! Disseram que ele não chorou mais, que esteve sempre bem e almoçou bem. E o meu coração voltou a ficar enorme.

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Hoje não há dia de infantário para contar. Não foi. Constipou-se. Mas amanhã já deverá estar bom para ir. Por isso, continuem desse lado! 

O fim de semana foi de muito mimo. Há muito tempo que não dava graças por ser fim de semana!

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Se podia continuar a correr bem? Poder podia, mas não era a mesma coisa.

Sinto-me a pior mãe do mundo.

 

Ontem ficou bem. Avisei-as que ele tinha acordado de madrugada, para ficaram preparadas para birras ao final da manhã. Perto do meio-dia, ligaram para o ir buscar mais cedo porque estava cheio de sono. Quando cheguei, estava ao colo da educadora num pranto. Veio para o meu colo, acalmou-se e começou a sorrir. Tinha sono, queria o mimo da mãe. Não almoçou nada. Viemos para casa, ficou bem disposto e sem eu perguntar, ele disse: "gostei do infantário, mãe, quero ir outra vez".

 

Hoje ficou igualmente bem. Mas antes de sair, ouvi-o chorar. Queria ficar a brincar no jardim, mas não podia. Vim para casa de coração apertado e de lágrimas nos olhos.

Mensagem da educadora às 11h, a dizer que ele estava triste, para o ir buscar ao meio-dia. Cheguei e vi uma imagem que não me vai sair da cabeça tão cedo: no refeitório, os amigos a almoçar e ele sentado a um canto, de chucha e olhar triste. Não quis comer. Viu-me e veio até mim, eu desatei a chorar. Não consigo esquecer aquela imagem. Sinto-me a pior mãe do mundo.

A educadora diz que ele passou a manhã no colo delas, nem quis brincar no jardim. Só pedia a mãe. Ainda lhe mediram a febre. Quando a educadora estava a mandar-me a mensagem, ele perguntou se era para a mãe. Passou a manhã assim: colo e a pedir a mãe. A educadora diz que é normal: já passou a novidade, tem de ser aos poucos.

Ele diz que quer voltar. Ainda bem.

 

Tenho o coração despedaçado. Está a ser o desafio mais difícil da minha vida.

Ainda bem que amanhã é fim de semana... não sei se amanhã seria capaz de o lá deixar, depois da imagem de hoje.

 

Quanto à pele, está pior. As borbulhas são minúsculas, vermelhas e já estão pelo corpo todo. Daqui a umas horas vamos a uma consulta de dermatologia.

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Chegou, contente e bem disposto, a auxiliar esticou-lhe os braços e foi logo para o colo dela. Depois correu para os baloiços. Quando lhe fomos pedir um beijinho, disse: "não que'o ir emboua!". 

A educadora diz que correu tudo bem novamente.

Mas já começaram as preocupações com a saúde e isto ainda agora começou... ontem veio com umas borbulhas ao pé da boca. Hoje acordou com a pele à volta da boca toda vermelha. Agora parece estar a alastrar para a testa também... Não comeu nada de novo, mas ele põe a boca em todo o lado, a educadora também já reparou nisso! Hoje, quando chegou, deu um beijinho a uma árvore... Vai ser lindo vai...  

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Correu bem. Portou-se melhor do que a mãe (o que já era previsível). Ainda não tinhamos saído de casa, já eu estava de lágrimas nos olhos.

Entrámos no infantário e ele correu logo para os baloiços. Eu desatei a chorar. A educadora foi impecável. Ficámos cerca de 10 minutos a conversar com ela e ele sempre a correr de um lado para o outro, feliz da vida.

Quando viemos embora, deu-nos um beijinho e pirou-se.

 

Quando o fomos buscar, já estava à nossa espera ao colo da educadora. Não se passou nada, mas já é habitual ele estar cheio de sono ao final da manhã. Comeu a fruta toda a meio da manhã, comeu a sopa toda sozinho e petiscou um pouco de arroz. Depois disse que queria ir para a casa dele. Ela percebeu que era cansaço, então ficou no colo dela até nós chegarmos.

Quando cheguei, quis logo vir para o meu colo. O meu medo de ele desatar a chorar por não querer vir embora, evaporou-se. Disse que gostou e que amanhã quer voltar. E isso é o que chega para um coração de mãe.

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Falta uma semana. Uma semana para começarmos uma nova vida, um novo ciclo. Pelo menos é isso que eu sinto.

Daqui a uma semana, o meu filho vai para o infantário. Como já disse aqui, é apenas a meio tempo, mas começo a ficar com dores de barriga. Se já tive dias em que me senti desejosa que ele fosse (dias de birra... dele e minhas), a verdade é que nos últimos dias tem-me dado para o sentimento. Só de pensar fico com um nó na garganta. Tenho medo que ele não goste (tem bom remédio, volta para junto de mim!), mas tenho principalmente medo que algum menino lhe faça mal. Tenho medo, ponto.

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O pai está de férias esta semana. Aproveitámos para visitar infantários. O combinado foi que ele iria para o infantário quando tivesse 3 anos. Vai em meio tempo.

Não estou preparada.

Tenho receio:

Que as educadoras não percebam o que ele quer e que seja importante para ele.

Que algum menino o empurre. (eu sei que vai acontecer)

Que algum menino o magoe de alguma forma e que isso lhe fique marcado.

Que ele ande sempre doente.

Que se esqueçam de uma porta de segurança aberta e ele caia pelas escadas.

Que ele aprenda a fazer (mais) birras das feias.

Que ele se magoe e fique chateado comigo por eu não estar lá para lhe dar um beijinho no dói-dói.

Que goste mais da educadora/auxiliar do que de mim.

O meu lado racional diz-me que até vou gostar de ter as manhãs só para mim... Mas o meu lado emocional é mais forte: vai custar-me ficar sozinha, a ouvir o silêncio e com o chão da sala sem brinquedos. Não estou preparada.

Qual foi a reação dele nas visitas? Não poderia ter sido melhor: ficou a brincar com os meninos enquanto nós falávamos com as responsáveis.

Não vai ser fácil para mim. Mas vai ser bom para ele. Pelo menos assim espero.

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