Pequenos Encantos

Expectativa: ele ficar imóvel e chorar em cima do palco.

Realidade: dançou e cantou tudo certinho e nem me viu!

Não fizeram ensaio geral, por isso foram para um salão onde nunca tinham estado. Seguiu atrás da auxiliar meio desconfiado. Expliquei-lhe o que ia fazer e assegurei-lhe de que não iríamos sair dali.

Uns minutos depois, a auxilar passa por mim e comenta que ele estava com birra... normal: afinal estava num sítio onde nunca tinha estado e a confusão nos bastidores devia ser alguma. Perguntei se era preciso ir para perto dele. Ela disse que não. Eu resignei-me a ficar sentada. 2 minutos depois, ela espreita pela cortina do palco e faz-me um  "ele já está bem". São estas pequenas coisas que me fazem adorá-la! O meu coração sossegou.

A cortina abriu algumas vezes... nunca mais chegava à vez dele. 5 músicas depois, ele aparece! Os seus olhos ainda nos procuraram, mas assim que a canção começou, concentrou-se e foi maravilhoso!

A baba era tanta!!! Fiquei tão mas tão mas tão orgulhosa do meu pirralho!!!!!!!!! Até a auxiliar ficou surpreendida.

Eu vi-o através dos meus olhos, à antiga, felizmente estava na primeira fila e não tive 50 ecrãs apontados à minha frente. Queria que ele visse o meu sorriso caso olhasse para mim, não uma câmara apontada. Só cantou uma música e ainda bem que o marido filmou, pois só em casa é que eu olhei para os outros miúdos.  

Sei que os outros pais pensam o mesmo, mas o meu piolho esteve muita bem!

Porque afinal elas também já fazem parte da família.

Queria que fosse algo que ele conseguisse fazer. Comprar e dar não valia.

Eu fiz a massa, ele fez as bolachas. Eu recortei imagens de natal, ele colou-as em postais, acompanhando com um desenho. Eu fiz-lhe perguntas acerca das educadoras/auxiliares e escrevi nos postais o que ele gosta mais nelas.

Acho que vão gostar.

Obrigada, sapinho! 

Já conhecem esta campanha dos CTT?

Podem fazer uma criança um pouco mais feliz. É simples. Apadrinham uma carta e deixam o brinquedo numa estação dos CTT. Eu já sou madrinha.

Dia 1: fazer bolachas

Dia 2: piquenique em frente à árvore de natal

Dia 3: fazer bonecos de neve

Dia 4: história de natal... mal sucedido. Biblioteca sem livros de natal de jeito.

Dia 5: ir ver o pai natal - sentou-se ao lado dele a medo, pediu brinquedos do mickey e não lhe deu mais conversa, queria era sair dali p'ra fora!

Dia 6: um bolo

Dia 7: ir ver as luzes de natal da capital

Dia 8: comer um pai natal de chocolate - mais houvesse! Até pediu mais... lixei-me.

Não precisam de fazer cerimónias.

Era só isto.

 oh oh oh

Pois é, após 3 meses de infantário tivemos a pouca sorte de ter uma nova educadora. Mais pouca sorte teve a educadora habitual pois teve de ficar de castigo em casa por gravidez de risco.

Então hoje foi o primeiro dia da substituta. 10 minutos não chegam para saber se gosto dela ou não, mas as primeiras impressões são: quarentona (certamente é a mais velha de todas) e esforçou-se para ser simpática, pois mostrou-nos (a mim e ao pirralho) as fotos dos filhos dela. E ainda andou às aranhas à procura das fotografias dele, só à terceira tentativa é que acertou (e ele estava mesmo ao pé dela e não, ele não tem nenhum irmão gémeo ou coisa parecida).

É certo que não tive a mesma empatia como tive com a educadora habitual logo à primeira, mas espero que seja igualmente boa e atenciosa. O tempo o dirá.

(notou-se muito que gosto mesmo da educadora habitual?)

Então como correu a montagem da árvore de natal?

Bem. Ainda está de pé e com todas as peças.

Quando a coloquei em pé, ainda nua, o pirralho disse: "yééé tão gande!"

Tirei os enfeitos dos sacos e desatou a atirar as bolas para o chão, pois claro. O que vale é que são à prova de pirralhos e sobreviveram. Ele colocou algumas bolas na árvore e voltava a tirar para as colocar novamente. Até que eu lhe disse para não mexer mais, é só para ver. Assim que acendemos as luzes, delirou. 

Às vezes ainda vai lá mexer, como quem não quer a coisa. Típico.

Feliz Natal, gente!

E quem é que vai fazer a árvore de natal amanhã, quem é quem é quem é?